Na última sexta-feira (8), o Setor de Tecnologia da UFPR realizou uma palestra no auditório do prédio da Engenharia Química, no Centro Politécnico, com orientações para adaptação de atividades e avaliações voltadas a estudantes autistas. A palestra foi conduzida pela professora Juliana Crespo Lopes, do Setor de Educação, especialista em Psicologia e Desenvolvimento Humano e Educação.
A abertura da palestra contou com a participação do diretor do Setor de Tecnologia, Luiz Fernando de Lima Luz Junior, de Letícia Mara de Meira, coordenadora de Projetos Pedagógicos e Análise Curricular da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional (Prograp), além de Wagner Bitencourt e Carla Maehler, ambos da Coordenadoria de Acessibilidade da Pró-reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe).
Inclusão no ensino superior
Com foco na educação inclusiva, a palestrante destacou a importância de ampliar o olhar para além da criança autista, reconhecendo a presença e as necessidades de estudantes autistas adultos no ensino superior. O principal objetivo da palestra foi reforçar a importância da cultura da acessibilidade na educação e esclarecer dúvidas dos docentes sobre o autismo dentro da sala de aula.
Juliana Lopes ressaltou que o aumento do número de estudantes autistas na universidade não indica maior incidência da condição. Na verdade, é resultado de melhor diagnóstico e acesso ao ensino superior. Desse modo, cabe à universidade garantir condições adequadas para todos os estudantes, tarefa que, de acordo com Letícia Mara de Meira, faz parte do trabalho dos docentes possibilitar que assim seja.
Orientações práticas
Durante o evento, a professora Juliana Lopes disponibilizou uma cartilha com explicações sobre o tema e apresentou recomendações de como adaptar avaliações e atividades. Dentre as orientações, destacou a necessidade de enunciados claros e objetivos, com critérios de avaliação explícitos, incluindo informações sobre número de linhas e outras especificações que facilitem a compreensão das exigências.
O evento também reservou um momento de debate aberto, em que docentes debateram alternativas pedagógicas para garantir a inclusão e acessibilidade, tanto nas questões sociais quanto avaliativas. Ao final, a pesquisadora sanou as principais dúvidas apontadas pelos professores.
Num contexto atual, Lopes acredita que, independentemente de estarmos ou não distantes de atingir uma acessibilidade igualitária, os primeiros passos já foram dados e a universidade está muito mais perto do que esteve no passado.
A palestra foi uma iniciativa das coordenações de curso do Setor de Tecnologia da UFPR, em parceria com a Unidade de Aprimoramento Pedagógico, vinculada à Coordenadoria de Políticas e Ações Estratégicas (Copae/Prograp), como parte das ações de formação continuada voltadas ao fortalecimento de práticas docentes inclusivas.
ℹ️ Publicado por Luana Perroni, com supervisão de Thaíse Mendonça.
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